Há algumas décadas a desnutrição era tratada como questão de saúde pública e tinha largos espaços na mídia. Com o passar dos anos, o discurso mudou de foco e quem entrou em cena foi a obesidade.

Fatores da chamada vida moderna deram um empurrãozinho a hábitos nada saudáveis: fast-food, falta de exercícios, escadas rolantes e tecnologias à disposição, com botões que ligam e desligam eletrodomésticos.

Falta de atenção com os hábitos saudáveis têm como conseqüência aobesidade, mas essa não é a única causa. Também podem contribuir à obesidade a hereditariedade, alterações hormonais, medicamentos como anticoncepcionais e antidepressivos e questões emocionais como ansiedade e depressão.

Visto que vários são os fatores associados à doença (obesidade), faz-se necessário um tratamento de emagrecimento que vai além de regimes.

Por isso, é válido lembrar que, antes do início de qualquer tratamento para emagrecimento é necessário que o paciente faça uma avaliação médica e metabólica por um profissional especializado, e dependendo do resultado das avaliações pode ser necessária a realização de exames para identificar possíveis problemas clínicos.

A mudança no hábito alimentar é primordial, pois a obesidade é uma doença crônica, e pode se perpetuar para o resto da vida se o paciente fizer a dieta somente durante o tempo do tratamento de emagrecimento, naturalmente ela pode voltar a engordar novamente e rapidamente.

Nos tratamentos para emagrecimento, o médico faz uma completa avaliação clínica, metabólica, hormonal, de estilo de vida, e a todos os fatores que levaram ou agravaram a obesidade neste paciente.

REGIMES POPULARES, FATO OU CRENÇA?

Dieta da Lua, da sopa, dos pontos, quem já não teve um amigo, vizinho ou colega próximo que tentou uma dessas fórmulas para emagrecer?

Ou quem já não foi protagonista de um regime qualquer, citado nas ruas ou revistas?

Deve-se tomar muito cuidado com estes tipos de regimes. O regime deve ser feito somente com orientação do médico, pois deve ter um equilíbrio com diversas substâncias.

Dr. Antônio Elias prefere não usar a palavra regime. Segundo ele, já é muito estigmatizado com modismos, passar fome, passar mal, ficar fraco ou com “cara de doente”.

“Prefiro usar a palavra dieta, ou seja, orientação nutricional, cuja idéia é o paciente comer, emagrecer, estar saudável e, assim, se manter a vida toda. A maioria desses regimes populares é desbalanceada, só funcionam em curto prazo, são impossíveis de seguir por muito tempo e, certos casos, podem até gerar ou agravar problemas de saúde”

A palavra dieta vem do grego dietae que já era usada na Grécia antiga e significava um modo de vida saudável que compreendia a alimentação e a atividade física, e já era falada há cerca de 2.000 anos atrás.

OBESIDADE EM CRIANÇAS

Tem se notado que a obesidade em crianças vem aumentado consideravelmente. Filhos de pais obesos têm que tomar muito cuidado, pois é bem provável que estas crianças tenham tendência para engordar.

Os fatos que geram obesidade em crianças são diversos: marketing feito em cima dos alimentos como sanduíches, salgadinhos e bolachas altamente calóricos, e os hábitos que colaboram para o sedentarismo nas crianças, como assistir televisão, jogar videogames e computador, responsáveis pela diminuição da atividade física.

“O tratamento dessas crianças tem que ser feito através de orientação psicológica, nutricional e médica, nunca com medicamentos, e é fundamental a reeducação da família uma vez que os fatores que levam as crianças àobesidade devem ser mudados de uma forma natural e prazerosa, e o exemplo deve vir de dentro de casa”.